03/07/2025

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Como ler transforma o cérebro:

Paula Adamo Idoeta
Matéria extraída do site: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c89el24p358o, em 1º julho 2025.

Enquanto você lê esta reportagem, ativa circuitos cerebrais que nós, seres humanos, levamos milhares de anos para desenvolver: os da leitura.

Decodificar letras, símbolos e significados, transformou o nosso cérebro e nossa sociedade e criou algo que não existia quando a nossa espécie surgiu. "Nós pensamos na linguagem como algo natural, e deduzimos que a língua escrita é algo natural também. Mas não é, nem um pouco", afirma Maryanne Wolf, cientista cognitiva, professora da Universidade da Califórnia em Los Angeles e autora de O Cérebro Leitor, da editora Contexto.

 

"E quanto mais você lê, mais esse sistema molda o cérebro, de modo cumulativo. Dá a ele todo um conhecimento, toda uma construção de processos que eu chamo de leitura profunda."

No entanto, Wolf adverte que essa habilidade de leitura profunda está sob risco, por causa dos hábitos digitais modernos – como apenas "passar os olhos" em textos online.

A seguir, explicamos quatro formas como a leitura alterou a forma como pensamos e como preservar essas conquistas.


1 - A 'invenção' da leitura

Maryanne Wolf explica que um cérebro neurotípico já nasce com os circuitos que permitem que nossos olhos enxerguem e que as nossas cordas vocais produzam os sons da fala. Mas ele não nasce com um circuito que permita ler.

 

Esse processo provavelmente começou por volta do ano 3300 a.C., com o povo sumério, na Mesopotâmia, onde hoje fica o Iraque. Os sumérios criaram o sistema cuneiforme, de cunhar símbolos em argila – embora haja debates entre alguns cientistas que os precursores da escrita possam ter sido os egípcios, com seus hieróglifos.

 

De qualquer modo, decifrar símbolos passou a exigir mais do cérebro do que apenas enxergar. Era preciso associar aquele símbolo a algum objeto, conceito ou emoção, e também a algum som.

 

"Os símbolos de escrita começaram a surgir mais ou menos 6 mil anos atrás. E exigiram uma mudança no cérebro, em que um símbolo visual passou a representar um conceito e ser expressado por linguagem", diz a autora.

 

Em seu livro, Wolf explica que os cientistas acreditam que os nossos ancestrais "reciclaram" para a leitura circuitos antes usados para o reconhecimento de objetos.

 

Em 1989, um grupo de pesquisadores acompanhou a atividade cerebral de pessoas olhando para uma série de caracteres. Alguns deles com significado e outros aleatórios, que não significavam nada em particular. Quando as pessoas olhavam para os caracteres que tinham significado real, ou seja, eram uma palavra de um idioma, ativavam-se áreas muito mais amplas da visão, e também células específicas que a nossa espécie desenvolveu para processar o sentido de letras, palavras e sons.

 

Uma única palavra é capaz de despertar no cérebro todo um acervo de conceitos relacionados.

Wolf cita um experimento feito anos atrás pelo cientista cognitivo David Swinney. Os participantes do estudo, quando liam a palavra "bug", em inglês, pensavam não só no significado básico do termo - inseto, como também em "bugs de informática" e até mesmo no carro Fusca (que em inglês chama Beetle, nome de um inseto).


2 - O idioma que aprendemos impacta áreas diferentes do cérebro

Outra observação de Wolf é de que diferentes idiomas podem impactar o cérebro de modo distinto.

 

Vejamos o caso do chinês, um dos idiomas mais antigo do mundo, escrito no chamado sistema logográfico. Cada ideia ou preposição, por exemplo, é representada por um símbolo, em vez de por um conjunto de letras do alfabeto.

 

Pesquisas indicam que o aprendizado de sistemas logográficos ativa áreas diferentes do cérebro do que o aprendizado de português ou inglês, por exemplo. Em particular as regiões envolvidas na memória visual e associação visual.

 

Uma das formas como os cientistas descobriram isso foi a partir de um estudo pioneiro sobre o bilinguismo na década de 1930. Nele, pesquisadores chineses estudaram o caso de um homem que sofrera um derrame cerebral grave. No entanto, o derrame impactou apenas a capacidade do paciente de ler chinês. O conhecimento do idioma inglês continuou intacto.

"É um exemplo de como os circuitos do cérebro refletem as demandas do idioma chinês, que exige mais memória visual e mais processamento visual daqueles belos e intrincados símbolos", afirma Maryanne Wolf.


3 - Repertório desde a primeira infância

 

Inclusive, esse aprendizado tão sofisticado começa antes da alfabetização formal: já quando os bebês ouvem história no colo dos adultos ou veem livros com figuras, mesmo que ainda não consigam decifrar as letras.

 

Para Wolf, isso já cria o terreno para a criança desenvolver habilidades emocionais importantes, como a empatia e a capacidade de se colocar no lugar de um personagem da história.

 

Em contrapartida, a negligência à leitura tem um efeito contrário e bastante prejudicial  ao cérebro infantil.

 

Um famoso estudo americano de 1995 concluiu que crianças de lares pobres, sem acesso à leitura e a estímulos, terão escutado, até os 3 anos de idade, 30 milhões de palavras a menos do que uma criança estimulada e de classe média.

 

Hoje já existem outras pesquisas contestando algumas conclusões desse estudo, dizendo que não é uma mera questão de nível socioeconômico e que, tais conclusões podem estigmatizar crianças mais pobres.

 

Mas um ponto chave continua a valer: com menos repertório, a tendência é que a criança já comece a vida acadêmica em desvantagem.


4 - Capacidade de leitura profunda se perdendo

 

Uma grande preocupação da pesquisadora é com o que ela chama de "crise de leitura".

 

O fato de que ler não é uma capacidade inata dos humanos e sim, algo adquirido e aperfeiçoado ao longo de milênios, significa, segundo Wolf, que essas habilidades podem ser atrofiadas ou lentamente perdidas.

 

Pensa em como você lê na tela do celular. Por acaso é uma passada de olhos, fazendo scroll na tela e interrompendo a cada notificação do WhatsApp? Isso é cada vez mais comum.

 

O problema, segundo Wolf, é que se limitar a essa leitura superficial pode prejudicar nossa capacidade de imersão num texto, de entender argumentos complexos, de fazer uma análise crítica, de identificar notícias falsas ou, simplesmente, de mergulhar em um livro bem escrito.

 

"Quando você apenas passa o olho no texto, estudos mostram que você absorve apenas uma amostra do que está escrito", diz ela. "E você não perde apenas dados ou fatos absolutos, mas também todo o propósito do que o escritor está tentando instigar, que é a beleza da linguagem."

 

Wolf cita pesquisas acadêmicas indicando, por exemplo, que crianças que usam o celular desde os primeiros anos de vida podem ter um desempenho pior na escola depois.

 

Além disso, "num cérebro que é constantemente distraído e hiper-estimulado, os neurotransmissores começam a desejar estímulos em um intervalo cada vez mais curto. Daí é comum que essas crianças, quando estão off-line, se sintam muito entediadas."

 

E tampouco sobra tempo para a leitura de lazer, "o que significa que (muitas crianças e adolescentes) não vão desenvolver essa capacidade de leitura profunda".

 

"O antídoto para isso é o mais simples e bonito o possível: ter nossas crianças imersas na leitura, e ter uma vida de leitor. Ajudá-los a entender que a leitura pode ser um santuário onde elas podem pensar por conta própria", conclui Wolf.

 

"Mas é um antídoto duro, no sentido de que exige que pais e professores ajudem. Eles têm de servir de modelo. Eles têm de ler para as crianças. E eles próprios precisam desenvolver o gosto pela leitura."


Dislexia e dificuldades de leitura

Outro ponto de atenção são as muitas crianças com dificuldades de leitura, como a dislexia, uma condição que, segundo diferentes estimativas, atinge de 4% a 10% da população mundial.

A dislexia é caracterizada por entraves de aprendizado de leitura e ortografia. Crianças com dislexia costumam ter dificuldade também em distinguir sons e fonemas dentro das palavras, ou em recordar informações que veem e escutam.

Maryanne Wolf tem um filho disléxico e dirige um centro de estudos sobre a dislexia na Universidade da Califórnia. E lamenta que tantas crianças com essa característica sejam taxadas de incapazes ou preguiçosas, em vez de diagnosticadas e ajudadas.

"O enredo da história da dislexia poderia ser contado com pequenas variações em todo o mundo", escreve Wolf em O Cérebro Leitor.

"Uma criança inteligente, digamos um menino, chega à escola, cheio de vida e entusiasmo; se esforça para aprender a ler como todo mundo, mas, diferentemente de todos, parece que não conseguirá aprender. Seus pais lhe dizem para se esforçar mais um pouco; os professores lhe dizem que 'não está trabalhando com todo seu potencial'; alguns colegas o chamam de 'retardado', 'idiota'; recebe a mensagem avassaladora de que não terá muito valor; e assim, essa criança deixa a escola sem qualquer traço do entusiasmo inicial de quando entrou", afirma ela.

Em seu livro, a pesquisadora cita algumas hipóteses para explicar a dislexia, como uma possível falha nas estruturas de linguagem ou visão do cérebro. Também é possível que pessoas disléxicas usem circuitos cerebrais diferentes dos de um leitor típico.

"Já conhecemos muito, mas muito ainda precisa ser explicado na história e nos mistérios da dislexia", diz Wolf.

"Em muitos casos, o cérebro nunca atinge os estágios mais elevados de desenvolvimento da leitura, pois leva muito tempo para conectar as primeiras partes do processo. Muitas crianças com dislexia literalmente não têm tempo para processar a informação escrita."

Ao mesmo tempo, muitas pessoas com dislexia são consideradas excepcionalmente criativas e inteligentes.

Inclusive existe o debate de que grandes gênios da humanidade, como Leonardo da Vinci, Thomas Edison e Albert Einstein possam ter sido disléxicos.

 

Da Vinci, por exemplo, tinha dificuldade com a leitura e às vezes escrevia da direita pra esquerda, e com erros ortográficos e sintáticos.

"A maioria das pessoas com dislexia não possui talentos espetaculares como os de Edison ou Leonardo, mas parece haver um grande número de pessoas portadoras de dislexia extraordinariamente talentosas", escreve Wolf.

Além disso, hoje já existem muitas estratégias para ajudar crianças com essa e outras dificuldades de leitura.

"O principal é tentar ajudar as crianças a descobrirem a sensação de terem um santuário de leitura", afirma Wolf. "No começo, é claro, as histórias são muito simples e com o tempo vão ficando mais complexas. Mas sempre enfatizando habilidades como capacidade de dedução, empatia e pensar por conta própria."

25/06/2025

A LEITURA É CAPAS DE MUDAR UMA VIDA? Sim, ou não?

Este texto foi escrito por Isabela Da Silva Couto, 15 anos, de Ananindeua (PA).
Isabela Da Silva Couto
Coluna Vozes da Educação
19 de junho de 2025

Sim, a leitura não é só capaz de mudar uma vida, mas também de transformar mentes apagadas em personalidades brilhantes?



Por um longo período minha concepção foi formada por visões estereotipadas sobre a leitura, que seria algo chato e irritante. Mas, minha perspectiva foi transformada de uma forma que eu nunca imaginei ser possível.

Em minha infância e pré-adolescência eu possuía um certo preconceito a respeito da leitura. Para mim, devia ser algo completamente enfadonho, pois, eu, não conseguia entender como existiam pessoas que amavam aquele hábito que me parecia tão difícil. Porém, quando eu tinha doze anos, tudo mudou.


Preconceito

Não consigo reportar de onde surgiu esta minha visão sobre a leitura, pois sempre fui estimulada por meus familiares a ler, desde a minha alfabetização.


Basicamente, todas as escolas que estudei eram passados livros clássicos para os estudantes, como "O Alienista", de Machado de AssisNão me entenda mal, eu sou fascinada por todas as obras do escritor, mas as mesmas podem ser um tanto complicadas quando lidas por uma criança de onze anos, e foi isso que eu senti quando tentei ler a obra. Foi como se as palavras estivessem se embaralhando em minha mente, aquilo parecia extremamente confuso e irritante para mim. Foram estas opiniões que adentraram na minha mente durante muito tempo, e provavelmente, estes fatos contribuíram para a minha visão distorcida do hábito de ler.


O dia em que tudo mudou

Aos doze anos por influência de minha mãe decidi finalmente ler meu primeiro livro, por vontade própria. O escolhido foi "O Pequeno Príncipe", um clássico atemporal. Confesso que no começo eu estava bem relutante, achando que aquele seria mais um livro complicado, o qual eu não entenderia nada. Mas, ao longo da leitura, percebi que estava completamente errada e não me foi enfadonho, pelo contrário, fiquei completamente presa na leitura. Senti como se meu mundo estivesse se expandindo. Eu senti felicidade, me encantei pelos personagens que eu havia acabado de conhecer. Senti ânsia por mais.

Como eu podia ter esperado tanto tempo para experimentar aquilo? Naquele momento vi como os meus preconceitos eram inadequados e falsos. Eu vi como a leitura expandiu minha mente, acalentando a minha alma ansiosa de criança. E, por mais que eu não tenha entendido completamente naquele momento todas as nuances que "O Pequeno Príncipe" aborda, eu me senti realizada, pois, eu havia sido cativada pela leitura.

Transformações

Desde aquele dia, nunca mais consegui parar de ler, me tornei uma leitora voraz. Posso facilmente dizer que esta prática mudou intrinsecamente a minha vida. Me tornei uma pessoa com uma visão de mundo diferente, com um maior pensamento crítico. Com capacidade de expressar minhas emoções e os meus pensamentos. Este costume me fez uma aluna melhor, mais capacitada, mais interessada. Me fez compreender melhor todos os tipos de textos que me eram apresentados. A leitura me destacou.

Digo que existe uma Isabela antes e uma Isabela depois dos livros. Eu me fiz outra, em todos os sentidos da minha vida, tanto pessoal quanto estudantil. E redigindo este texto, sinto meu coração se alegrar, sinto vontade de chorar de felicidade, sinto gratidão pelos livros existem.

Me sinto agraciada por ter a oportunidade de viver várias vidas, de estar em vários lugares, de conhecer inúmeras pessoas, de sentir inúmeras emoções, apenas sentada, lendo.

Assim, de modo geral vejo que os meus preconceitos me impediram de viver coisas maravilhosas, sensações inéditas, aprendizados, reflexões e sonhos por muito tempo. Mas, felizmente as coisas mudaram e de uma forma imensamente linda.

Dessa forma, eu espero que todos possam viver pelo menos um pouco a beleza que é a leitura. Este ato transformador de vidas. Que todos tenham a possibilidade de sentir os sentimentos que eu mesma senti, que tenham seus ideais transformados. Como disse o filósofo Aristóteles: "a leitura é o caminho mais curto para o conhecimento”, e na minha opinião, o mais divertido.

Matéria extraída do site:
https://www.dw.com/pt-br/coluna-a-leitura-%C3%A9-capaz-de-mudar-uma-vida/a-72968981, com pequenas adaptações.

13/06/2025

Nos contos de fada e nos encantos de uma visita surpresa...

BIBLIOTECA CIDADÃ
Assim diz o nome: "PEDACINHO DE VIDA". Eu iria, ainda mais além, pedacinho de um pedacinho de vida, pois é, uma vida que está em pleno comecinho.  Agora imagina esta pequenina vida no seu mais tenro início aqui, na Biblioteca Cidadã, como gigantes exploradores e desbravadores desamedrontados em busca da sabedoria oculta nas entrelinhas da grafia daqueles que se imortalizaram ao deixarem seus vastos versos nos poemas e poesias, nos contos e nas lendas, na vasta literatura do amor e da alegria, dos sonhos imaginários dos homens e mulheres, cada um, em busca de aventuras por além das florestas e ao alcance da Lua.  


Centro de Educação Infantil Pedacinho de Vida, a Biblioteca Cidadã é imensamente grata por está oportunidade acalorada de nos presentear com a visita surpresa dos seus encantadores e pequeninos alunos. Reforçamos em nome da Secretaria Municipal de Educação e Cultura que este espaço público de guarda do conhecimento historicamente construído por homens e mulheres está a sua disposição e de outros que, aqui queiram desfrutar da calmaria ou, das perturbações das brumas da sabedoria. 


BIBLIOTECA CIDADÃ

Deixamos também um agradecimento para o diretor Fernando Sampaio e para as professoras do Centro de Educação Infantil Pedacinho de Vida, especialmente a professora que encenou a contação da história "Branca de Neve e os Sete Anões". Sua desenvoltura foi digna de colocar-nos ludicamente no enredo da história, juntinhos a Branca de Neve e os Sete Anões  para ajudá-los a se livrarem da bruxa malvada. 


Biblioteca Cidadã.

12/06/2025

"O PRÍNCIPE E O POBRE", um conto infantil-juvenil para encantar os adultos que amam aventuras concentradas em narrativas emocionantes

 

BIBLIOTECA CIDADÃ
"O Príncipe e o Pobre", clássico da literatura infantil escrito pelo famoso escritor americano Mark Twain, que viveu a mais de cem anos. Mark Twain escreveu "O Príncipe e o Pobre" em 1882. Para escreve-la ambientou-se num passado ainda mais longínquo, em 1547. Mark Twain se baseou na história do príncipe Eduardo VI, que se tornou rei ainda menino. Eduardo tinha apenas nove anos quando seu  pai, o rei Henrique VIII, morreu, então, tornou-se rei da Inglaterra e da Irlanda, porém, reinou por apenas cinco anos e meio, quando veio a morrer com apenas quinze anos, de uma doença pulmonar. 

"O Príncipe e o Pobre", conta a história de dois meninos semelhantes na aparência. Um é Tom Canty, que vive com o pai violento em Londres. O outro, o príncipe Eduardo, filho do rei Henrique VIII. Tom era forçado pelo pai a pedir esmolas nas ruas e quando não ganhava era castigado. Para esquecer a vida infeliz que levava, gostava de brincar com os seus amigos nas ruas de Londres representando ser um príncipe. Certa vez, Tom brincava próximo do palácio do príncipe Eduardo, que, ao vê-lo, o príncipe então, convidou-o para entrar no castelo. Logo, os dois começam a brincar, numa dessas brincadeiras  resolvem trocar de roupas. Tom coloca a roupa de príncipe de Eduardo, já o príncipe Eduardo coloca a roupa de mendigo de Tom, aí tudo vira ao contrario. A semelhança entre os dois meninos era tão grande que os guardas ao descobrirem que havia um intruso no castelo, resolvem expulsa-lo, porém, expulsaram o príncipe Eduardo do castelo, achando ser ele o intruso, visto estar com as roupas de mendigo. Então, daquele dia em diante, Eduardo vagueia pelas ruas da cidade, dizendo ser ele o verdadeiro príncipe. Enquanto isso, Tom no castelo tenta explicar por várias vezes o que aconteceu, mas, o rei não acreditava, e insista em dizer que ele, Tom era o verdadeiro príncipe. Tempos se passaram e certo dia o príncipe Eduardo encontra a família de Tom e um bando de ladrões... então, o resto da história esta no livro, venha emprestá-lo na Biblioteca Cidadã para saber o final emocionante da história.

Biblioteca Cidadã

11/06/2025

O MISTERIOSO PERGAMINHO COM O REGISTRO MAIS ANTIGO JÁ ENCONTRADO, ESCRITO EM LÍNGUA PORTUGUESA. Venha conhecer!

O misterioso pergaminho com escrita em  língua portuguesa é o texto mais antigo já descoberto, datado de 1175. Revela o momento em que a língua portuguesa começa a substituir o  latim, língua oficial da época.

Poucos sabem, mas o documento mais antigo escrito em língua portuguesa tem quase 850 anos. Trata-se da notícia de fiadores, um registro jurídico curtinho, datado de 1175, que marca o início da transição do latim para o português como língua usada oficialmente em contratos e documentos do cotidiano. Escrito em galego-português o idioma falado na época, no que hoje corresponde ao norte de Portugal e à região da Galícia, na Espanha. O texto é considerado o primeiro vestígio da nossa língua, tal como a conhecemos. A frase de abertura já chama atenção: “Noticia fecit Pelagio Romeu de fiadores.” Em palavras com grafia atual, seria: “Pelágio Romeu fez registro sobre fiadores.

Tratava-se de um contrato de fiança, um tipo de acordo comum no século XII em que uma pessoa se comprometia a pagar a dívida de outra.

O que torna esse manuscrito tão importante é o idioma em que foi escrito. Em vez do latim, que ainda era a língua oficial nos documentos, o escrevente utilizou a língua falada pelo povo, sinal de que o português começava, aos poucos, a conquistar seu espaço também na escrita.

Embora sendo um texto curto, a "Notícia de Fiadores" oferece um retrato do cotidiano da época e mostra como a língua popular começava a ocupar funções antes restritas aos estudiosos. O documento está hoje sob a guarda do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, e é considerado uma relíquia do nascimento da língua portuguesa.

Confia abaixo a transcrição do documento abaixo:  

Transcrição original do documento encontrado, na grafia da época:

Linha 1 ?  Noticia fecit pelagio romeu de fiadores Stephano pelaiz .xxi. solidos lecton .xxi. soldos pelai garcia .xxi. soldos. Güdisaluo Menendice. xxi soldos

Linha 2 ?  Egeas anriquici xxxta soldos. petro cõlaco .x. soldos. Güdisaluo anriquici .xxxxta. soldos Egeas Monííci .xxti. soldos [i l rasura] lhoane suarici .xxx.ta soldos

Linha 3 ?  Menendo garcia .xxti. soldos. petro suarici .xxti. soldos Era Ma. CCaa xiitia Istos fiadores atan .v. annos que se partia de isto male que li avem

Transcrição do documento encontrado, para a grafia atual da língua portuguesa:

"Pelágio Romeu lista aqui seus fiadores: para Pedro Colaço, devo dez contos; para Estevão Pais, Leitão, Paio Garcia, Gonçalo Mendes, Egas Moniz, Mendo Garcia e Pedro Soares, deve vinte contos; para João Soares, trinta contos, e para Gonçalo Henriques, quarenta contos. Agora estamos em 1175, e só daqui a cinco anos terei que pagar esses patrícios."

06/06/2025

Uma menina e um coelho. Uma história que faz qualquer um de nós voltar a sonhar.

"ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS", o clássico que conta a história de uma garotinha despertada de um sono ao pé de uma árvore por um coelho falante, muito esperto e com roupas engraçadas que, logo consulta o seu relógio e reclama do próprio atraso.  Alice, curiosa e desatenta segue o animal, e de repente cai num buraco gigantesco, sem fim, dando início a sua aventura e de todos que ousaram nestes 150 anos de "Alice no País das Maravilhas"  a seguir o coelho espertalhão até sua toca.

Para escrever "Alice no País das Maravilhas" o autor Lewis Carroll se inspirou numa menina de 10 anos, chamada de Alice Pleasance Lidell. Publicando originalmente em 1865, é um clássico da literatura infantil inglesa e mundial. Além de escritor, Lewis Carroll era fotógrafo, desenhista e matemático. 

"Alice no País das Maravilhas", não é só um clássico que encanta crianças, mas uma obra prima que atrai e agrada o público adulto, pois, aborda em várias passagens temas como: física, filosofia e lógica. O autor Lewis Carroll, faz a continuação deste conto clássico "Alice no País das Maravilhas" em outra obra de igual grandeza chamada de "Alice Através do Espelho".

04/06/2025

OS MÚSICOS DE BRÊMEN, o fabuloso clássico infantil quase que, esquecido.

Maravilhoso conto dos irmãos Grimm.

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Os Músicos de Brêmen, de Jacob Grimm e Wilhelm Grimm, publicado originalmente no início do século XIX, conta a jornada de quatro animais de um pequeno vilarejo. Um burro, um cão, um gato e um galo, que, por estarem velhos e inúteis para o trabalho são abandonados por seus donos. Então, decidem se unir para irem à cidade de Brêmen, onde, sonham em se tornar músicos famosos. Porém, no caminho, algo que não estava nos seus planos acontece, mudando seus destinos, e que, acabam de nunca chegarem a cidade de Brêmen. 

Os Irmãos Jacob Grimm e Wilhelm Grimm, eram estudiosos e filólogos alemães que se dedicaram à coleta e publicação de contos populares que serviam de base para a literatura infantil, não só alemã, mas mundial.

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